terça-feira, 28 de junho de 2011

Quem acredita em Papai-Noel?


Tempos atrás, eu ouvi a história de um comerciante que resolveu revender o Guaraná Jesus em São Paulo. Trata-se de um refrigerante cor-de-rosa, com leve sabor de cravo e canela que é uma marca de grande sucesso de vendas no Maranhão.

Segundo consta, a fórmula da bebida foi criada pelo farmacêutico Jesus Norberto Gomes que, por ironia do destino, teria sido ateu e foi excomungado após uma agressão física contra um padre. Originalmente, Norberto visava finalidades medicinais, assim como o farmacêutico John Pemberton, criador da formula do refrigerante Coca-Cola®. Consta que o guaraná deveria servir para os males do estômago, assim como à Coca-Cola® deveria agir no alivio de dores de cabeça.

Não se abatendo com o fracasso da proposta medicinal, Norberto usou o xarope para produzir uma bebida para os netos. A aceitação foi tanta que a bebida extrapolou os limites familiares para cair nas graças dos consumidores maranhenses. O Guaraná Jesus ganhou o mercado local sem precisar de vultosas campanhas publicitárias ao seu redor. Sob os slogans "O Sonho Cor-De-Rosa", "Abençoe sua sede!", "Guaraná Jesus, porque nem só de pão vive o Homem" e "Fé no estômago", a bebida, literalmente, obteve a aprovação do gosto popular.

Em 2001, ele foi incorporado pela The Coca-Cola Company que intencionava extinguir a marca por competir vitoriosamente contra o produto americano. A multinacional seguia à risca a estratégia de comprar e fechar as fábricas concorrentes ao redor do mundo com a conivência dos governos de onde estava instalada. O caso do Maranhão é atípico porque a resposta dos maranhenses foi organizar um boicote à compra de Coca-Cola®. O mote "Volta Jesus!" deu voz ao protesto e o governo do Maranhão interferiu, proibindo o fechamento da fábrica. Diante disso, a Coca-Cola teve que ceder e recolocar o refrigerante no mercado. Porém, restringiu a sua distribuição àquele estado.

Voltando ao comerciante paulistano, ao tomar contato com a marca, ele apostou na ideia de ir à porta das Igrejas e vender para os evangélicos. Sua estratégia de vendas foi descrita através da seguinte cena:

- Irmão, você aceita "Jesus" na sua vida?
- Sim, eu a-aceito! - responde o irmão meio embaraçado.
- Irmão, você aceita deixar que "Jesus" entre dentro de você para saciar a sua sede?
- S-s-sim...
- Então: toma "Jesus", irmão! - diz, entregando uma amostra para degustação.

Essa história serve apenas para ilustrar um artifício comercial e não está sendo narrada para condenar a atitude do negociante que fez uma associação bastante lógica e anedótica para encontrar o seu nicho de mercado. A reação natural deveria ser o riso, sem qualquer sentimento de indignação, pois o Guaraná Jesus é somente um produto que obteve grande sucesso através da coincidência dos nomes e a popularidade do Filho de Deus.

A bebida não tem um histórico de planejamento de marketing ou exploração oportunista. Várias circunstâncias não intencionais, assim como o senso de humor popular, favoreceram o seu sucesso. Mas existem produtos que nascem dentro de uma concepção voltada para uma associação intencional com o nome de Jesus Cristo. O nome de Jesus, em si, se tornou uma grande marca comercial em torno da qual gravitam inúmeros outros produtos. Produtos que pertencem a uma categoria que recebe o nome de Gospel e que se destina ao consumo pelo público evangélico.

É interessante pensar sobre o quanto temos nos tornado materialistas, diante de uma sociedade capaz de transformar o que quer que seja em objeto de consumo, inclusive aquilo que temos por sagrado. Em nossos dias, conforme comentou um bom amigo e eu concordo: a quantidade daqueles que aceitariam ao verdadeiro Senhor Jesus deve ser facilmente superada por aqueles que aceitariam a bebida, sem vacilar.

No final de cada ano, ocorre uma grande explosão de estímulos midiáticos, oferecendo os mais diversos produtos para alimentar a indústria de consumo. Isto faz com que muitos realizem compras por impulso e se envolvam em dívidas desnecessárias.

Cifras extraordinárias são movimentadas no período que antecede a data escolhida para comemorar o nascimento de Jesus e isto já nem mesmo se baseia no pretexto Bíblico de agirmos segundo fizeram os reis magos que saudaram o nascimento do Messias lhe ofertando ouro, incenso e mirra. Através dos mecanismos de exploração comercial, ao invés de Jesus Cristo, o papel de principal protagonista do Natal tem sido ocupado por um senhor gordo e bonachão conhecido como "papai-noel".

Segundo contam, ele foi inspirado em um bispo católico da Ásia Menor, no século III, cujo nome é Nicolau. Esse bispo teria se apiedado de três moças pobres que estavam impedidas de se casar e destinadas à prostituição, pois o pai não podia pagar os seus dotes. Jogou saquinhos de moedas de ouro pela chaminé que caíram dentro de meias que secavam ao fogo e pertenciam a elas. Desse gesto, teria surgido o costume de colocar meias nas lareiras para receber os presentes natalinos. Foi associado ao Natal na Alemanha, onde é conhecido como Sankt Nikolaus ou Sankt Klaus, de onde derivaria o "Santa Claus" americano. Após testemunhos de milagres que lhe foram atribuídos, ele foi santificado pela Igreja Católica, tornando-se São Nicolau.

Papai-noel pode ser definido como a representação de um princípio de recompensa que premia segundo o merecimento pessoal e de acordo com um balanço de obras praticadas que é feito ao término de cada ano. Sabemos, porém, que esse mecanismo não atua de um modo imparcial e igualitário. Muitos trabalhadores íntegros que agem corretamente, mas não podem adquirir o que as propagandas alardeiam como essencial, sentem-se socialmente excluídos diante daqueles que podem.

No universo infantil, esse princípio de recompensa fundamentado no poder de compra, alimenta sentimentos de injustiça e cria os "órfãos de papai-noel". Algo que quando se soma com os efeitos de uma desagregação familiar, não havendo quem ensine a diferença entre um papai-noel comercial e um Papai Eterno Celestial, pode fazer com que cresçam se sentindo deserdados pelo próprio Deus, contra quem mais tarde se revoltam e passam a negar.

Crianças só conhecem o verbo "querer" e são alvos fáceis das campanhas publicitárias. O verbo "poder", usado para decidir sobre qualquer tipo de nova aquisição, deve ser conjugado pelo adulto que se vê no constrangimento de tentar fazer com que as suas crianças se conformem.

Nesta semana, eu tive a oportunidade de observar um pai acalmando seu filhinho no colo, ao mesmo tempo em que tentava explicar que se ele não estava comprando o brinquedo que o menino desejava ganhar, não era por falta de amor ou de merecimento e sim, por não ter dinheiro o bastante. Portanto, existe o lado cruel de chaminés apertadas por onde o velho gordo não passa.

Há também o aspecto ridículo para quem se situa no hemisfério sul, onde o período corresponde ao verão. Até o final do século XIX, papai-noel vestia roupas de inverno nas cores marrom ou verde. Em 1886, a revista Harper’s Weeklys publicou a primeira versão vermelha e branca, sob a autoria do cartunista alemão Thomas Nast. Em 1931, a Coca-Cola reviveu esse figurino numa campanha publicitária de tamanho sucesso que essa imagem foi consolidada e permanece até os dias de hoje. No Brasil, o estereótipo do "bom velhinho" é tão exótico que parece o prenúncio carnavalesco de um rei momo temporão. Considerando a predominância do clima tropical, quem se habilita a interpretar a personagem do papai-noel, sofre com o desconforto de uma fantasia sufocante que abafa a transpiração. Calor ainda mais pitoresco, tendo em vista as conexões com a maior indústria de refrigerantes do mundo...

Infelizmente, a suposta relação entre as benesses de Deus e as posses materiais tem sido ensinada nas próprias Igrejas cristãs. Neste nosso mundo capitalista, a própria religião se torna cada vez mais escrava de um ideal de prosperidade que pode ganhar contornos de uma ganância sem limites.
 
[ TEXTO EXTRAIDO DO SITE http://spirittvonline.blogspot.com/ ]

sábado, 18 de junho de 2011

A nossa suficiencia vem de Deus

 
Certa vez, um senhor me perguntou se era certo dizer á um doente depois de passar por um tratamento médico, "que ele foi curado GRAÇAS Á DEUS".

Achei a pergunta dele bastante interessante, afinal, nessas condições, todas as pessoas diriam que o agente responsável pela restauração da saúde daquele doente seria o tratamento médico na qual ele se submeteu.

Mas assim como é certo dizer que um "dorflex" é capaz de sumir com a dor de cabeça de alguém, é muito mais autenticamente verdadeiro dizer que o "dorflex" só pôde curar aquela dor de cabeça graçás á Deus que, em sua infinita sabedoria, capacitou o homem a produzir seu proprio sustento, assim como nessa caso, produzir um fabuloso medicamento capaz de restaurar a saude natural.
Embora o mundo cientifico e incredulo dos ímpios insista em apresentar a ídeia de que vivemos sem um Deus, é naturalmente impossivel digerir que o homem possa ter chegado até onde está sem alguém que o influenciasse ou  que o impediçe de avançar para sua própria destruição. Nosso amigo Einstein, quanto mais estudava a origem do universo, mais se convencia da existência de um Deus que, maravilhosamente, calculou a distancia ideal entre os astros e planetas possibilitando a vida na terra; construiu uma cadeia alimentar fantastica na natureza, tornando possivel a auto-sustentação dos seres vivos, sem nenhum desiquilibrio. Esse Deus, deixou registrado um conjunto com 66 livros escritos por cerca de 40 autores em um periodo de 1500 anos, sem que nenhum deles se contradizessem em seus principios. Isso é sobrenaturalmente real.

Portanto, respondi a pergunta inteligente daquele senhor com uma resposta, além de inteligente, muito autentica, confirmando o que o Apostolo Paulo disse á cerca de 2 mil anos atras:

"A NOSSA SUFICIENCIA VEM DE DEUS" (II Corintios 3:5)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Atitude - Pr. Paulo Junior

“E Jesus disse: Ó geração incrédula e perversa! (...) Até quando vos sofrerei?(...) Mt 17.17

Essa notável declaração, citada por Jesus, no texto acima, diz respeito à passagem do jovem lunático – o endemoniado. Um pai aflito foi até Jesus rogar pelo seu filho, que estava sofrendo de gravíssimas convulsões; o jovem foi levado à presença de Jesus, que repreendeu o demônio e curou completamente aquele garoto. Porém, o pai do menino relatou algo interessante a Jesus: “Antes de vir a Ti, levei meu filho aos teus discípulos e eles não puderam curá-lo”, foi então que Jesus respondeu, citando a frase: “Até quando vos sofrereis?”.

Eu quero discorrer hoje, nessa palavra devocional, sobre essa declaração um pouco impaciente de Jesus e dizer a você, caro leitor, que é um cristão autêntico, mas que tem vivido uma vida cristã descoordenada, ora está em cima ora está em baixo, ora vence ora perde. Que não é uma pessoa consistente, que nem mesmo tem certeza daquilo que crê, enfim, se mostra um cristão volúvel. Você que está se perdendo nos seus pecados, vive “dando trabalho” nas mesmas áreas, não cresce, não amadurece, não enxerga coisas óbvias que estão bem à sua frente e que não dá resultados expressivos na sua fé.

Jesus está bradando a você dizendo: “Até quando? Até quando você vai continuar nessa vida? Até quando Eu vou ter que sofrer (suportar) seus inúmeros erros? Sua incompetência? Até quando, mesmo Eu tendo mostrado tanta graça e misericórdia na sua vida, você ainda duvidará do Meu poder”?

Jesus estava dizendo aos discípulos: “Está na hora de vocês amadurecerem e de, em certas áreas, caminharem sozinhos. Já chegou a hora! Não é mais possível suportar vê-los com essa insegurança, ainda tão tímidos e sentindo medo! Como nos altos e baixos de Pedro: andou sobre o mar depois afundou, declarou que Cristo é o Filho de Deus e depois o negou”. Jesus não estava aguentando isso mais! E Ele, com um tom rude, estava gritando: “Geração incrédula e perversa, Eu não tolero mais essas variações”!

Você pode achar que Jesus não estava sendo justo, ou amoroso e tampouco complacente. Não é isso. Jesus, naquela hora, estava disciplinando os discípulos, estava trabalhando para o seu crescimento. A ira de Jesus foi por já ter ensinado tanto a mesma coisa e eles não terem entendido até aquele momento.

É disso que se trata essa mensagem: atitude, mudança! É tempo de ter responsabilidade quanto a seu estado, basta com seu “jeito EU de ser”. Não dá mais para andar em círculos. Ser conhecido como a pessoa mais chata de sua comunidade. Fraca. Ferida. Basta com suas limitações. Sempre precisa ser carregado. Porque o original “vos sofrereis” significa: “vos carregareis,” só funciona mediante a ferroadas. Provérbios ainda nos diz: “Até quando, ó néscio, amareis a necedade” (Pv 1.22). Uma vez mais o texto está bradando: “Até quando”!

Diante dessas declarações você pode pensar: “Mas tudo tem o seu tempo certo. Talvez não seja meu tempo de dar frutos. É o meu tempo de vale, de estagnação”. E você até recorre a Eclesiastes capítulo 3: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo”. Entretanto Jesus está refutando essa argumentação dizendo: “Para alguns está mais do que no tempo de mudarem, aliás, já passou do tempo de mudarem e tomarem uma atitude”. Desta maneira, essa advertência de Jesus alcança todos nós que temos dificuldade de crer.

Não baseie sua vida em sentimentos ou na maneira que você a enxerga, examine-a baseado em estatísticas, fatos, coisas sólidas. Vamos lá, jogue a toalha! Cadê os resultados, onde eles estão? Olhe pra você! Seja sincero... Pare de se enganar! E caso você não mude, poderá sofrer consequências, veja o que, mais uma vez, o livro de Provérbios ensina: “Aquele que, sendo muitas vezes repreendido, endurece a cerviz, será quebrantado de repente sem que haja cura” (Pv 29.1). O original para a palavra “quebrantado” significa “moído, destruído”.

Quero te convencer, agora que te despertei para sua presente realidade, que contra fatos não há argumentos e que o próprio Jesus está te chamando para se levantar e agir. Comesse a partir de agora! Mude seu conceito de si mesmo. Cresça. Amadureça. Se for para fazer algo radical, que você o faça! Pois chegou a hora de você caminhar com as próprias pernas, dar frutos de justiça, ser um cristão competente, idôneo e maduro. Você não acha que já está na hora de orgulhar o seu Senhor? Honrá-Lo, fazer com que Ele olhe para você e diga: “Esse é mais um filho amado em quem me comprazo”.

O desejo de Jesus é positivo para nossa vida, todas as vezes que somos corrigidos e advertidos por Ele nunca devemos enxergar como algo ruim, ou que nos desmotive, pois Cristo está visando nosso progresso espiritual. E Ele te diz isso, não para te agredir ou acusar. Essa ira santa de Jesus é porque Ele não aguenta mais ver você humilhado por onde passa e naquilo que você faz, seja pelo diabo, seja pelas pessoas. Pois, nessa fase, os discípulos estavam sendo constantemente humilhados, estavam sempre “dando cabeçadas” e é por isso que Jesus os repreendeu, porque Ele se entristece com as nossas humilhações e tolas derrotas.

Ele te diz isso para que você goze das riquezas insondáveis que Ele tem, pois à medida que você cresce elas te são entregues. Para que a sua confiança e dependência Dele aumentem mais e mais, tornando possível que você conheça a largura, a profundidade e toda a extensão do Seu infinito amor, porque o desejo sincero Dele é que você tenha o privilégio de ser o Seu braço direito, sendo chamado de amigo e cooperador do Deus vivo, na sua grande obra! Então vamos “porque já é hora de despertarmos do sono” (Rm 13.11).

Atitude, essa é a palavra para hoje.
Pr. Paulo Junior (extraido do site www.defesadoevangelho.com )

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Recomendação

Meu caro leitor, venho através dessa postagem lhe recomendar um livro que tem edificado minha vida e, certamente, edificará sua vida também.

O livro "AS ERAS MAIS PRIMITIVAS DA TERRA", do doutor George Hawkins Pember, conhecido como G. H. Pember, erudito e teólogo inglês.

G. H. Pember, Nascido em 1837, foi um dos mais profundos e sérios estudiosos das grandes profecias da Bíblia. foi um "mestre dos mestres", nas palavras de G. H. Lang.
Na época em que ainda não havia se convertido, Pember estudou os clássicos com o intuito de ganhar prestígio e glória, mas, a partir de sua conversão, passou a utilizar o grande conhecimento adquirido para benefício da fé cristã.
Unia erudição e piedade, a ponto de haver evitado deixar para trás qualquer foto sua, pois não gostaria que ninguém contemplasse o rosto de um pecador.


As Eras Mais Primitivas da Terra, de G. H. Pember. Sendo uma obra sem precedentes na história da literatura apologética da Bíblia, tornou-se leitura obrigatória para todos os que fielmente desejam conhecer a revelação bíblica de forma mais ampla e profunda. Apesar de Pember ser notavelmente reconhecido por sua erudição e espiritualidade, era de esperar que nem todos concordariam com suas conclusões sobre o caos da criação original e especialmente sobre os filhos de Deus que possuíram as filhas dos homens, em Gênesis 6, e geraram os nefilins que perverteram a humanidade e atraíram o juízo de Deus através do dilúvio (G. H. Lang trata com propriedade desse assunto, em seu apêndice no final deste tomo).

O livro, de forma mais simples, trata da revelação biblica a respeito da origem do mundo e desvenda os misterios da origem do mal.

Por experiencia própria, posso concluir que quanto mais esse livro é estudado, mais podemos compreender a imensúravel misericordia de Deus que, de tempos em tempos nunca mudou em seu proposito de salvar e redimir o ser humano, mesmo diante da sua natureza pecaminosa.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Pedro - parte final

Pedro andou com Jesus, presenciou e participou de todos os seus milagres, mas ainda sim foi encontrado nele a necessidade de se converter. Temos também que considerar que Pedro vivia muito influenciado pelas suas emoções e sentimentos. Você pode perceber isso em três acontecimentos:

1. Quando Pedro andou sobre as águas. (Mt 14:22-33)
A bíblia revela que Pedro, após receber a palavra de Jesus, começou a caminhar sobre as águas, no entanto reparou a força do vento e a agitação das águas e, consequentemente, começou a afundar clamando a Jesus por socorro. Pedro se deixou levar pelo medo que o fez duvidar da segurança que a palavra de Jesus garantia.

2. Quando cortou a orelha do soldado (Jo 18:10)
Ao prenderem o Senhor Jesus, Pedro se deixou tomar pela revolta humana e, sacando sua espada, cortou a orelha de um soldado. Ele, até então, não sabia contra quem deveria lutar.

3. Quando disse estar pronto para morrer com Cristo.
Por fim, após o Senhor Jesus ter alertado a Pedro no que diz respeito ao desejo de satanás em prova-lo, Pedro mais uma vez, movido pela emoção, declarou estar pronto para ir a prisão com Jesus, ou mesmo para a morte com Ele. Mas como sabemos, era apenas um equivoco de um coração necessitado de ser transformado.
Foi justamente nessa ocasião que o Senhor Jesus previu que Pedro o negaria três vezes antes do galo cantar.
Isso me surpreende tremendamente. Por que Pedro era o tipo de homem que sabia como se comportar diante das circunstâncias, mas tinha pouca experiencia para considerar que aquilo que sabia era o correto. Foi exatamente algumas horas depois, quando Jesus foi levado preso para se apresentar perante o sinedrio, que tudo aconteceu.

> A conversão de Pedro (Lc 22:54-62)

A bíblia revela que Jesus foi levado ate a casa do sumo sacerdote, e Pedro acompanhava de longe. Isso é um paradoxo para alguém que a pouco tempo havia afirmado estar com Jesus ate a morte, mas de longe o seguia. Mesmo distante de Jesus, a bíblia diz que três pessoas reconheceram Pedro como um dos seguidores de Jesus e procuravam acusa-lo e, eventualmente condena-lo, mas Pedro movido pelo medo, que nessa circunstancia se tornou maior do que sua fé, negou conhecer Jesus. E quando ele acabou de negar pela terceira vezes, o galo cantou, conforme a palavra de Jesus, e Pedro vendo o olhar misericordioso de quem sabia que tudo isso aconteceria, se derramou em lagrimas. Com certeza, foi nesse momento que Pedro se converteu e se tornou uma tipologia da pedra, onde Jesus fundaria sua igreja e as portas do inferno não prevaleceriam contra ela (Mt 16:18)
A partir daqui se levantava o Pedro que não era mais movido pelas emoções, nem pelos sentimentos ou pensamentos. Antes levantava-se um Pedro ousado que em uma só pregação levou três mil pessoas ao batismo nas águas (At 2:41); o Pedro que não dava esmola ao paralitico, mas o curava (At 3:6-8); o Pedro que fora preso pelo evangelho de Jesus (At 4:1-3); o Pedro que não negociava o dom de Deus (At 8:18-20); o Pedro que agora, conforme as palavras de Jesus em Lc 22:32, estava apto a fortalecer os seus irmãos.

Por isso meu amigo internauta, fica muito claro aquilo que já ouvimos. A salvação é evidenciada pelas nossas experiências e não somente teorias. As lutas e adversidades são o cenário ideal para a manifestação da fé naquilo que sabemos ser real. Tudo isso é provado pelas experiencias e, por fim, gerando mais fé e ousadia em nossos corações, nos fazendo aptos a fortalecer nossos semelhantes!

AMÉM!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pedro


Pedro foi um dos discípulos de Jesus. E sua vida, assim como suas provações são um exemplo para nossa vida com Deus.

"Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como trigo" (Lc 22:31)

Jesus preveniu Pedro do desejo imutável de Satanás de destruir a fé dos chamados. Isso revela duas coisas:

1. O objetivo constante de Satanás é destruir nossa fé (Jo 10:10)

2. Os desejos de Satanás só podem ser executados com permissão de Deus.

Satanás apenas "reclamou" para destruir a vida de Pedro. Certamente, satanás tinha conhecimento do grande instrumento de Deus que Pedro se tornaria.
Foi assim na vida de Jó. Jó era um homem muito prospero, tinha uma ótima familia, muitos empregados, muitos filhos e, acima de tudo, temente a Deus. Por conta deste último detalhe, satanás ansiava por tirar tudo de Jó e, por fim á sua vida. Mas assim como foi com Pedro, satanás foi "reclamar" a respeito da vida de Jó diante de Deus. Essa é sua função; apenas nos acusar diante do Pai. Satanás, no hebraico, significa acusador. Em Apocalypse 12:10 diz que Satanás, o acusador, nos acusa diante de Deus todos os dias.

Logo após o Senhor Jesus Cristo ter alertado Pedro, também, de certa forma, o confortou ao dizer:

"Eu porém, roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça." (Lc 22:32)

Existem 2 principios nessa frase:

1. Jesus intercede por nós.

"Quem é que nos condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós."  (Romanos 8 : 34)

"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo." (I Jo 2:1)

Portanto, ao mesmo tempo em que satanás nos acusa diante de Deus, o próprio Senhor Jesus nos defende, visto que foi Ele quem pagou todos os nossos pecador naquela cruz.

2. Jesus orou para que a fé de Pedro não desfalecesse.

É interessante notar que Jesus não intercedeu ali para que Pedro fosse livre das provações, mas sim para que tivesse força para suporta-la.
As lutas e desafios são sempre inevitáveis na vida do cristão. Jesus, por exemplo, quando fez a oração sacerdotal, disse ao pai: "Não peço que o tires do mundo, mas que os guardes do mal." (Jo 17:15).
A oração de Jesus será sempre em favor da nossa vitória diante das diversas circunstâncias.

CONTINUA...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Resistência maligna - Parte 2


Quando Moisés foi chamado por Deus para libertar o povo hebreu do julgo egípcio, logo soube que não seria fácil.


"Eu sei, porém, que o rei do egito não vos deixará ir se não for obrigado por mão forte." (Ex 3:19)

Deus já havia dito que sinais Moisés deveria manifestar diante de faraó caso não acreditasse na autoridade divina concedida a ele para libertar o povo.

"Então disse o Senhor a Moisés: Eis que te tenho posto por Deus sobre faraó, e Arão, teu irmão, será teu profeta." (Ex 7:1)

No Egito, quando Moisés transformou o seu cajado em serpente e os magos de faraó fizeram o mesmo, ficou claro a que tipo de resistência estavam lutando (Ex 7:10,11).



Mas é interessante notificarmos que, em nenhum dos sinais demonstrados por Moisés, os feiticeiros de faraó puderam voltar seu estado original. Isso nos faz concluir com clareza que o diabo não pode mudar aquilo que Deus faz. Ele pode imitar, mas não pode mudar. Nas aguas transformadas em sangue, por exemplo, os feiticeiros puderam apenas imitar, transformando um pouco de agua em sangue, mas não puderam fazer o sangue voltar a ser agua (Ex 7:20,22).

Após faraó ter recusado libertar o povo hebreu e endurecer o coração, Deus se aproveitou disso para manifestar os seu sinais.
Muitas pessoas acham que faraó não teve escolha, mas isso é um engano! A bíblia diz que ate a quinta praga, faraó foi exclusivamente o responsável por endurecer o coração e não permitir que os hebreus saíssem da terra do Egito. A partir da sexta praga, Deus tratou de endurecer o coração de faraó ate manifestar todos os seus sinais (Ex 9:12).

Condições malignas:

1. Em Exodo 8:20-32, fala da quarta praga; a praga das moscas. Aqui, após Deus ter enchido a terra do Egito com moscas, faraó decide libertar o povo hebreu, mas debaixo de uma condição;

"Então disse faraó: Deixa-vos-ei ir, para que ofereçais sacrificios ao Senhor, vosso Deus, no deserto; somente que, saindo, não vades muito longe; orai por mim também." (Ex 8:28)

Faraó propôs que os hebreus poderiam ir, mas não muito longe. Ou seja, faraó esperava que eles fosse sacrificar onde Deus não determinara e ainda esperava que eles voltassem ao Egito. Muito mais além disso, até parecendo irônico, ele pede para Moisés que ore por ele! Tem lógica isso?
Essa proposta de faraó a Moisés é a mesma dos dias de hoje na vida de muitos jovens. O diabo sempre traz a mente que "você pode ir pra igreja, mas também não precisa deixar de ir no barzinho com os amigos nos fins de semana; você não precisa deixar de ir nas festas que ia antes; voce não precisa ser radical dessa forma; não precisa deixar de fazer tudo o que você gostava; é só servir a Deus sem exagero, sem ir muito longe e também aproveitar a vida néh?!" Certamente voce já ouviu isso da boca de alguém ou em um sutil e rápido pensamento maligno.
Mas tenho que lembra-lo que, assim como o objetivo de Deus no Egito foi separar para sí mesmo uma nação que fosse exclusivamente Dele, o Seu objetivo nos dias atuais é o mesmo. Ninguém que entrega sua vida ao Senhor Jesus Cristo pode negociar servi-Lo e ao mesmo tempo satisfazer os desejos pessoais ou agradar as pessoas que não compreendem o seu chamado.

"Ninguém pode servir a dois senhores; por que, ou há de amar a um e odiar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro." (Mt 6:24)

As emoções humanas muitas vezes nos levam a se compadecer dos nossos desejos e satisfaze-los, mas o nosso trabalho é renuncia-los totalmente! Não podemos levar a brincadeira nosso relacionamento com Deus! Deus, quando chama alguém ao arrependimento e essa pessoa nasce de novo da agua e do espírito, ela é selada como propriedade exclusiva de Deus. A nossa recompensa e o nosso prazer está sempre no nosso intimo relacionamento com o Criador dos céus e da terra, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Portanto, se Deus lhe salvou e lhe perdoou os pecados e agora lhe deu uma missão, nada nesse mundo deve ser mais importante em sua vida do que cumprir com o propósito estabelecido por Ele em sua vida. E nada nesse mundo deve faze-lo parar. Por isso a vida com Deus exigirá atitudes radicais, como deixar de andar com pessoas que nada acrescentam a sua fé, deixar de ir a lugares onde sua fé é criticada, deixar de se alimentar de coisas que ferem o seu caráter cristão e, por fim, procurar sobre tudo SER SANTO, pois Ele é Santo (I Pe 1:15)! 

CONTINUA...


quinta-feira, 2 de junho de 2011

A escravidão - Parte 2

O Egito a 1500 anos antes de Cristo, expressado nos primeiros capitulos de êxodo, representa muito bem o atual estado espiritual que vivemos. Isso se torna mais autentico visto que grande parte dos fatos relatados no velho testamento são tipificações e contém significados profundos, além do sentido literal. Alguns dos seus significados são esclarecidos no novo testamento. Sendo assim temos que compreender o Egito e os fatos relatados em Èxodo como sendo tipologias que transmitem um profundo conhecimento do processo de libertação das pessoas.

EGITO:

O Egito simboliza o mundo.
Naquela época, o Egito era a nação mais prospera da região. A nação egipcia era estabelecida no delta do rio Nilo. O Nilo era o maior responsável pelas condições de sobrevivencia e riquezas dos egipcios e, por conta disso, era tido como um deus. Ele trazia nas suas margens terras ferteis que sustentavam o cultivo e recompensava os egipcios com muita fartura. Tanta que até os seus escravos tinham tudo o que precisavam. E os escravos de que falo são o povo hebreu, descendentes de Jacó, que em sua época saiu de Canaãn por causa da seca e foi morar no Egito junto de seu filho José que s tornou governador da nação.

Aconteceu que, depois de muitos anos, José e seu pai Jacó morreram e tudo que ficou foi a sua próxima geração. Porém se levantou uma geração que passou a ser governada por um faraó tirano, que não se lembrava de José e nem de seu pai Jacó (Gn 50:26 / Ex 1:8). Tudo mudou, e o povo hebreu se tornou escravo dps egipcios. A escravidão no egito, porém, tinha um paradoxo: O povo hebreu sofria com o trabalho duro, mas tinha prazer em suas recompensas. Tanto que quando Moises levava o povo rumo a terra de Canaãn, estes constantemente murmuravam pela falta de água e comida, ou sempre murmuravam por que tudo o que comiam todos os dias era Maná (pão enviado por Deus).

"Lembremo-nos peixes que, no Egito, comiamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos." (Nm 11:5)

Certamente, esse relato não parece que o povo hebreu era escravo, mas parece quetinham prazer no que gozavam no Egito.
Essa escravidão vivida pelos hebreus no Egito é identicamente semelhante aquela que vivemos hoje.
A escravidão daquela época e do presente se dá pela "NECESSIDADE DE SOBREVIVENCIA". As pessoas vivem básicamente para trabalhar e se encherem de oculpações em busca de satisfação, prazer e desfrute. No Egito, os hebreus trabalhavam duro e sofriam dores nas mãos egipcias, mas infelismente se satisfaziam com o que recebiam e por isso não se manifestavam. Para eles não haviam outra forma de vida fora do Egito.





CONTINUA...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Resistência maligna - Parte 1

A primeira profecia biblica foi expressada em Genêsis 3:15, após Deus ter tratado de corrigir o homem, a mulher e o diabo, representado pela serpente, por causa da desobediencia do homem e também da astúcia da serpente em engana-lo.


Em poucas palavras Deus disse: "E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua descendência e o seu descendênte, e ele te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gn 3:15)

Nessas audáciosas palavras, Deus já revelou o seu grande plano de redenção do homem. Por que, quando o homem pecou contra Deus, ele foi afastado Dele e o seu destino se tornou a morte (Rm 3:23 / Rm 6:23). Nessa situação, a morte eterna do homem seria um justo juizo de Deus, visto que o "salário do pecado é a morte" (Rm 6:23).

Mas nas impactantes palavras de Genêsis 3:15, Deus conseguiu transmitir esperança ao homem, visto que a mulher só poderia gerar um descendente apartir da coabitação com ele. Ao mesmo tempo Deus transmitiu pavor ao diabo, representado pela serpente, já que a profecia se referia a alguém que pisaria sua cabeça.

Pois bem. Vejamos a que se refere as descendencias posteriores geradas respectivamente pela mulher e pela serpente.

Descendente da mulher:

O descendente da mulher profetizado em Genesis 3:15, se referi a Cristo, o filho de Deus.
Desde esse dia até a sua vinda á terra nos tempos do imperador Cesár, Seu nome é mencionado literal, simbolicamente e tipologicamente no antigo testamento.

 - A batalha espiritual no antigo testamento:

Desde quando Deus declarou trazer ao mundo o Seu único filho para, conforme a profecia, pisar na cabeça da serpente, simbolizando satanás, este manifestou grande resistência em virtude do pavor de ser derrotado. Essa resistência foi materializada atrávés de guerras, decretos de morte e doenças, todas envolvendo os escolhidos de Deus. Sempre que alguém manifestasse um chamado de Deus, satanás intentaca aniquilar o seu chamado, temendo ser aquele que pisaria sua cabeça,declarando sua derrota.

Exemplos disso foi a morte de Abel, um homem justo diante de Deus, assasinado pelo irmão Caim, que certamente foi influênciado pelos intentos malignos (Gn 4:8-16). Esses mesmos intentos conseguiram materializar a esterilidade na vida de todas as esposas dos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Todos escolhidos de Deus e, consequentemente, alvos iminentes de satanás, que procurava a todo custo impedir que o filho de Deus viesse ao mundo. A insistencia maligna continuou e afetou o duro coração de faraó, que decretou a morte de todos os bebês  do sexo masculino gerados pelo povo hebreu (Ex 1:15-22). Vale lembrar que, embora satanás procurasse impedir o filho de Deus de nascer entre os hebreus no Egito, falhou com a intervenção divina quanto ao nascimento de Moisés, que se tornou uma tipificação de Cristo, dado pela liderança de uma das maiores migrações de todos os tempos que conseqüentemente definiu uma nação exclusivamente de Deus.
A preocupação de Satanás em deter os planos de Deus chegou a ser literalmente expressada através da vida do rei Herodes, que mandou exterminar todos os meninos até 2 anos de idade nascidos em Belém, pois foi informado que lá surgiria o Messias (Mt 2:16-18).

Portanto, o diabo se manteve inquieto desde o momento em que as palavras do próprio Deus lhe decretaram o juízo. Essa inquietação contra a vinda do filho de Deus se manifestou em todo o antigo testamento como acabamos de ver. Vale lembrar que ainda hoje as resistências malignas se levantam contra tudo e todos que anunciam a Salvação através de Jesus Cristo. Mas também se torna confortante saber que perseguição gera sempre multiplicação e honra. CONTINUA...